- Bom claro que sei os seus gostos - disse confiante, com as mãos na cintura, o rosto ficou ainda mais vermelho quando fui elogiada - Você também está muito bonito Matt, mas temo que eu mudei sim um pouco, eu não uso mais tanta maquiagem. - fiquei com o rosto apoiado somente no mão direita que o braço de apoiava na mesa, com o indicador da mão esquerda apontei para a minha bochecha - Ele foi muito bom, mas não acho que posso reviver totalmente a imagem do nosso primeiro encontro aqui - na palavra encontro eu usei aspas no ar, por que nunca foi um encontro, mas o mesmo tempo foi, era complicado
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- Eu já fui mais bonito. - Isso era verdade. - Mas prefiro você ao natural é ainda mais bonita. - Pegou o guardanapo e o arrumou. - Não precisamos reviver aquele dia, criamos um novo dia. - Estendeu a mão por cima da mesa, para ela. - Não quero me permitir pensar em nada, pelo menos durante mais algum tempo.
- Você está maravilhoso para mim agora, é isso que me importa - falei sorrindo parei de apoiar minha cabeça na mão e fiz carinho na mão em que ele me estendeu, que podia ser considerado um ato romantico, mas ao mesmo tempo de amizade, olhei para a mesa quando finalmente assimilei o elogio - Pare de me fazer corar, eu acho que você está fazendo de propósito - falei com uma pitada de humor e um sorriso no rosto - Criar um novo dia parece interessante, por que.. - parei no ar lembrando do que eu fiz na época, eu era muito sem vergonha, mas eu também era uma bebada em tempo integral - Mas uma coisa você tem que me contar. Sr. Misterioso, como vai o seu trabalho?
Tinha mudado de assunto para não ter que pedir se ele lembra da coisa vergonhosa que fiz, dei uma risadinha por que bem no começo eu o apelidei de Sr. Misterioso... antes de trocar para o adoravel Sr.Fofinho.
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Manteve o sorriso nos lábios, a olhando com a mesma gentileza. Acariciou a mão de Mikaela com o polegar, alisando sua pele macia devagar.
- Se o 'de propósito' envolver falar a verdade, sim, estou fazendo. - Realmente a ideia de criar um novo dia em sua lembrança parecia bom, por mais que fosse um adeus que eles nunca tiveram de verdade. - Bem, ainda mantenho os dois empregos. E tento ficar menos vezes de plantão, para poder passar todas as noites com a minha... com a nossa filha. Mas Mirela é bem compreensiva, e sabe que estou ajudando outras pessoas no meu trabalho. - Apertou levemente a mão dela. - E como andam as coisas na Alemanha?
Fiquei um pouco arrepiada, eu não entendia por que ainda estava corada por que eles já fizeram tantas coisas juntas, pode estar no passado, mas ainda assim corar acaba se tornando tão idiota, mas eu ainda o fazia. Coloco o indicador sobre o meu lábio.
- Deve estar complicado manter os dois empregos e cuidar da Mirela, você não quer fazer um arranjo mais tarde eu também quero ve-la mais vezes, mas como já se acostumou ao pais, eu não gostaria de tira-la daqui, mas trazer ela para alemanha em alguns feriados ou férias, seria interessante, até para ela, pode aprender uma nova lingua, apesar de dificil. - voltei a olhar para o ruivo - Meu trabalho está mais calmo, meu pai esta finalmente confiando em mim, e agora estou com o cargo de CEO, então delego boa parte do meu trabalho para o meu assistente, que é muito habil coom administração, muito melhor do que eu, porém ainda tenho que comparecer em reuniões e ler várias pilhas de autorizações e pedidos.
Abanei o ar um pouco incomodada, estar em um serviço que não gosta, é chato, mas já havia aprendido a lidar com o serviço.
- Meu pai está pensando em se aposentar, mas ainda há muitas coisas para vermos - comentei - Você tem muitos alunos na sua aula? Por que o fluxo de estudantes parece ter diminuido um pouco, foi o que eu fiquei sabendo.
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- Está, um pouco... Mas Mirela tem uma babá, e Sayuri fica com ela as vezes. - Tinha que contar a verdade. Segurou a mão dela mais forte para que não a puxasse. - Vai ser bom que ela possa passar algum tempo com você, te ama muito. E estou contente que esteja progredindo nos negócios do seu pai. - Deveria mesmo ficar feliz por ela apesar de tudo. - Ahm... diminuiu um pouco, mas alguns ainda se interessam em seguir carreira médica. De qualquer modo não estou preocupado com isso ainda. Já que há outros cursos com menos alunos que estão tendo que fechar.
Quando ouvi o nome da nova namorada dele tentei puxar a mão para mim mas ele a segurou forte, me deixando desconfortavel em relação, ele ter citado o nome da namorada fazendo todos as coisas que tenhamos feito na ultima hora, jogar na minha cabeça, e o pensamento, de que ele estava me superando com outra era perturbador, principalmente por que essa mulher vivia com a minha filhinha, era irritante saber que ela passava mais tempo com ela do que eu. Fechei os olhos, eu sei que não é de propósito, mas ainda sinto ciumes dele.
- Mas ainda, assim se muitos cursos fecharem, medicina também será fechado, e isso seria um problema para você - baixei o meu olhar, a gente devia falar mesmo sobre isso, mas agora? Encostei sem querer o meu joelho no dele e me afastei, encarando o Matt. - Ela... é gentil com a Mirela?
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Por sorte, ele conhecia bem Mikaela, a ponto de ter a segurado antes que se afastasse, deu um leve suspiro, já que ela tinha razão.
- Se isso acontecer, pegarei mais turnos no hospital. Não se preocupe com isso. - Tentou dar um sorriso, mas acabou franzindo o cenho com o que ela perguntou. - Sim, e Mirela gosta dela como uma amiga. - Não era exatamente o assunto que queria falar com Mikaela.
Eu queria muito tirar minha mão dali, ficar encostado só me deixava mais perturbada sobre o assunto de estar traindo uma moça, e de ele ter uma namorada.
- Ela é legal com você? - era as unicas perguntas que eu faria sobre ela, por que o resto não me interessa, sinceramente - Eu sei, mas ainda assim você adora dar aula
Não podia olhar ele nos olhos, isso era errado, por mais bom que fosse era com certeza errado. Eu não sou mais a garota, agora eu sou a outra... Fiquei encarando a mesa pensativa em relação a como agir.
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- Sim, ela é. - Matthew não estava nada confortável em conversar aquilo com Mikaela, e já sentia certa culpa sobre si, mas não arrependimentos. - Eu gosto e muito, mas se não tiver outra opção... - Suspirou ao notar que Mikaela não o olhava mais. - Mika, olha para mim. - Apertou a mão dela levemente. - Não precisamos falar disso agora. Podemos continuar só eu e você. Sei que o que estou fazendo não é certo, com nenhum de nós. - Incluindo Sayuri. - Mas eu sempre fui honesto em dizer a ela que ainda te amava, nunca neguei isso, porque é a verdade.
Eu me sentia enojada de mim mesma, meu coração batia forte, e o nervosismo aumentava, levanto.
- Já terminamos de conversar isso, mas preciso ir no banheiro - falei em um tom que tentava ser o normal mas no final soava meio triste - Não se preocupe não vou fugir - soltei minha mão e fui no banheiro, lá dentro, achei uma cabine rápida e vomitei, era muito nervosismo para só uma noite, era demais, minha pressão baixou, levantei indo lavar a boca tremendo a cada passo. Estava frio, eu precisava me aquecer. Quando sai pedi pro garçom enviar algo salgado para minha mesa mas voltei para o banheiro me sentindo ainda um pouco enjoada.
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Mesmo com ela afirmando o contrário, o ruivo ficou com o pé atrás em relação a ela ter saído. A acompanhou com o olhar, para ter certeza que iria ao banheiro. Suspirou algumas vezes, dizendo para si mesmo que não precisava ter dito nada ainda, mesmo ainda sabendo que deveria prepara-la para algo.
Alguns minutos depois, o garçom trouxe as bebidas, e algo mais. Matthew disse que não havia pedido aquilo, mas o homem explicou que fora Mikaela. O ruivo a conhecia bem, e quando estava nervosa costumava se sentir mal. Olhou o relógio mais uma vez, se não voltasse, ele mesmo iria até lá.
Eu passei água gelada na minha testa e nuca, apesar de estar sentindo frio, meu corpo estava quente, eu odiava essa sensação. Eu fiz o possivel para parar de tremer, respirei fundo e sai do banheiro, percebendo que o meu pedido chegou, sentei de forma delicada e imediatamente comecei a come, quando parei para respirar olhei diretamente ao ruivo.
- Bom é só isso que me importo em relação a ela, mas preciso conhece-la quero saber com quem minha filha está vendo com você - falei encarando o Matt - por mais honesto que você esteja sendo com ela, eu nem a conheço e já atrai Matthew, esse é certamente um problemas, eu o amo, mas não deveriamos fazer isso - novamente as lágrimas encheram os meus olhos, o que está se tornando super irritante mas eu as ignorei com a intenção de manda-las embora - An.. desculpa se pode me emprestar o seu casaco ? - pedi de forma gentil, o observando, sabia que os dois eram estourados mas a situação precisa ser resolvida...
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Quando viu a loira se aproximar, quase levantou para ajuda-la, mas na situação que estavam, iria ferir o orgulho dela. Deixou que se sentasse e comesse em paz, sem que ele lhe fizesse perguntas. Matthew deu um gole no vinho, e por algum motivo a bebida queimou em seu estômago, talvez fosse apenas a falta de costume.
- Ela.. Ela está com Mirela agora, está morando conosco... porque bem... não tem boas situação financeira e eu quis ajudar. - Disse de uma vez parte do problema. Em seguida, se levantou, tirando o casaco, e colocou por cima dos ombros de Mikaela.
- Você é uma boa pessoa Matt - falei dando um sorriso, me cobri o mais que pude com o casaco colocado sobre mim - Muito Obrigada, eu estou com um pouco de frio, mas devo lhe avisar Matthew, eu e você só nos casamos e nos apaixonamos por que você também me acolheu. Lembra? - dei um sorriso melancólico - Desde que ela não te traia e cuide bem da Mirela, são as unicas coisas que eu preciso saber sobre ela
Fiz uma cara de enojada e continuei a comer em silêncio, quando percebi que o ruivo tinha tomado um pouco do vinho e empurrei meu prato de comida para ele.
- Quer um pouco ? Não é bom beber de barriga vazia
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- Sei disso, mas não quer dizer que vou me casar toda vez que acolher alguém. - Nisso tinha razão. - E não penso em fazer isso tão cedo. - Comentou. - Vai conhecê-la quando for ver Mirela, e pode tirar suas próprias conclusões. - Pagou o garfo, comendo apenas um pouco. - Adoro a forma de como você pensa em tudo.
Dou uma risada baixa, o assunto era desconfortavel mas mesmo assim, tentava trocar ou assunto, ou faze-lo ficar menos tenso, porém eu ainda era ciumenta o que me deixava meio emburrada ao falar sobre a mulher que agora está morando com ele. Está morando com ele! ( e eu sei que vocês já tiveram sexo, que feio! )
- Como assim, quando penso em tudo ? - pedi um pouco confusa tentando esquecer o assunto anterior.
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- "Não é bom beber de barriga vazia". "MAttew, não saia de casa sem tomar café...". Acho que nem posso contar quantas vezes ouvi isso. Ou sobre não dormir tarde porque iria ficar cansado. - Ele riu. - Está sempre se preocupando comigo Mikaela.
Dei um sorriso para ele e fiquei observando-o quieta
- Mas é claro você costuma esquecer de si mesmo em situações como essa - levantei deixando o casaco cair no banco para não bater na comida, ou nos corpos, segurei o seu rosto e dei um beijo em sua testa, e encostei meu nariz no dele rindo, logo me afasto e ajeito o casaco sobre mim, o prato ( sejalaoqueagentecomeu) que pedi, já estava acabando - [color=brown]Eu não estou com muita fome se quiser pedir outra coisa[/color
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- Eu gostaria muito de levar Mirela para o hotel, mas não é um lugar apropriado para ela ficar, além do mais a reunião para qual eu vim, vai acontecer amanhã de manhã, então acho que ficar com você seria bom, e amanhã no almoço eu vou pega-la, parece bom para você? - meu sorriso cresceu teria tempo para ver minha pequenina em meus braços novamente. Puxei meus cabelos para trás formando um coque improvisado, com somente uma mecha de cabelo caindo diante de meus olhos, mas não de uma maneira incômoda.
Chamou o garçom e lhe deu 100 reais ( unica fomra de dinheiro que conheço ) para cobrir a pequena janta e a gorjeta do menino.
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- Está bem, vou aproveitar e deixar as coisas dela pronta. - Comentou. Antes que pegasse o dinheiro para pagar, Mikaela o fez. O ruivo apenas a encarou e mostrou a língua. - Você está arruinando minha masculinidade assim Mika.
Matthew tentou parecer sério, mas acabou sorrindo para ela. Mesmo vivendo uma relação entre tapas e beijos, os dois nunca ficaram muito tempo brigados.
Fiquei rindo por mais um pouco até a porta, então franzi o cenho.
- Vamos? Eu vou para o hotel, lembra? - fiquei na ponta dos pés e lhe dei um beijo no nariz ao voltar a minha altura normal fiquei encarando ele com um sorriso, virei para a esquerda e vi o hotel - É ali, eu não tenho como me perder
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